
Policial que evitou tragédia maior vira heroi no Rio. Sargento estava em operação de repressão ao transporte irregular quando viu crianças sujas de sangue e correu para a escola - Anderson Ramos e Raphael Gomide, iG Rio
O terceiro sargento da Polícia Militar do Rio Márcio Alexandre Alves, lotado no Batalhão de Policiamento Rodoviário, hoje se transformou em heroi. O militar, que trabalha na corporação há pelo menos 15 anos, contou ao iG que estava em uma operação policial para repressão ao transporte alternativo, as peruas e vans ilegais, quando avisou crianças sujas de sangue vindo em sua direção.
Segundo o policial, as crianças choravam muito e pediam socorro. Ele, então, correu para o colégio e, na porta, ouviu tiros. Sozinho, o sargento Márcio Alves entrou na escola e se deparou com o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, no corredor. Fardado, Alves efetuou disparos de pistola em direção ao tórax do artirador e pediu para ele largasse as armas.
“Acredito que o tiro tenha sido no abdômen (O governador Sérgio Cabral afirmou que o ferimento foi na perna). Ele caiu na escada, consegui impedir que chegasse ao terceiro andar (o prédio da escola tem quatro andares), e se suicidou com um tiro na cabeça. Ele veio com a arma apontada para mim, foi baleado, caiu na escada e cometeu suicídio”.
"Cumpri com o meu dever"! Diz Sargento que baleou atirador no Rio. Criança o agradeceu com beijos após a morte do atirador.