quinta-feira, 18 de julho de 2013

REAL POLÍCIA MONTADA DO CANADÁ


Subordinação Governo do Canadá

Missão Policiamento federal, provincial e força paramilitar

Denominação The Mounties

Sigla RCMP - Criação 1920

Lema Maintiens le droit (Defendendo a Lei)1 2

História
Guerras/batalhas Rebelião de Saskatchewan
Segunda Guerra dos Bôeres
Segunda Guerra Mundial
Primeira Guerra Mundial
Condecorações Canadian Provost Corps em 1957

Logística
Efetivo 18.991 homens na ativa (setembro de 2009)3
9.709 homens na reserva (setembro de 2009)3

Estrutura logística 
34 aviões
10 helicópteros
5600 viaturas
2350 caminhões
34 motos
481 carros de neve
181 caminhonetes
1 vagão de trem
27 tratores
3 ônibus

Comando
Comissário William J. S. Elliot
Comissária Honorária Isabel II do Reino Unido

Sede
Sede Ottawa - Ontário
Endereço 1200 Vanier Parkway

Internet Página oficial

A Royal Canadian Mounted Police (RCMP) (em francês: Gendarmerie Royale du Canada (GRC)), também conhecida nos países de língua portuguesa pela sua tradução Real Polícia Montada do Canadá, é a organização policial do Canadá, constituindo a maior força de segurança do país, e é mais conhecida como Mounties. A corporação canadense é a única do mundo em manter um policiamento federal, estadual e municipal numa só organização em todo o Canadá. A Polícia Montada do Canadá fornece o serviço de policiamento federal para todo o Canadá e serviços de policiamento sob contrato para os três territórios, oito províncias, mais de 190 municípios, 184 comunidades aborígenes e três aeroportos internacionais.4

A RCMP foi fundada em 1920 através da fusão da Royal Northwest Mounted Police (Real Polícia Montada do Noroeste, fundada em 1873) com a Dominion Police (fundada em 1868). O primeiro foi originalmente chamado de North-West Mounted Police (Polícia Montada do Norte-Oeste) e foi dada o prefixo Royal (em português: Real) pelo Rei Eduardo VII do Reino Unido em 1904. Grande parte da atual organização e o simbolismo foi herdado durante a época da Real Polícia Montada do Noroeste, incluindo a distinta vestimenta dos policiais, o patrimônio paramilitar e mitos existentes, como uma proteção de fronteira. As sigla RCMP/GRC é uma marca registrada descrita em lei.5

Como uma força nacional de polícia do Canadá, a RCMP é a principal responsável pelo cumprimento das leis federais em todo o Canadá,enquanto a lei geral e da ordem, incluindo a aplicação do Código Penal e das legislações provinciais é constitucionalmente de responsabilidade das províncias e territórios. Essa responsabilidade é as vezes delegado para os municípios que podem formar seus próprios departamentos de polícia municipal, sendo isso comum nas maiores e principais cidades do Canadá. As duas províncias mais populosas do Canadá (Ontário e Quebec) mantém suas próprias forças provinciais: a Ontario Provincial Police e a Sûreté du Québec. As outras oito províncias do Canadá optaram contratar a maior parte ou todas as suas responsabilidades de policiamento provincial da RCMP.

Sob esses contratos, a RCMP fornece linha de frente de policiamento nas províncias sob a direção dos governos provinciais em matéria de aplicação de leis municipais e provinciais. Quando a província de Newfoundland se juntou a federação do Canadá em 1949, a RCMP entrou na província e incorporou a Newfoundland Rangers, a força policial da província anteriormente e assim assumindo responsabilidades nessa área. Hoje, a Royal Newfoundland Constabulary, outra força policial provincial do Canadá, tem recuperado algumas jurisdições dentro da província. Nos três territórios do país, a RCMP é a única força policial territorial existente. Além disso, muitos municípios canadenses contratam a RCMP para servir como força policial, fornecendo assim policiamento de ruas a nível municipal e federal.

A RCMP é responsável por uma grande amplitude de deveres. Sob sua jurisdição federal, a RCMP prevê o policiamento em todo o Canadá, incluindo Ontário e Quebec que possuem suas próprias polícias provinciais, operações federais para o cumprimento da lei, incluindo assim o combate ao crime comercial, falsificação, tráfico de drogas, integridade das fronteiras, crime organizado e outros assuntos relacionados como combate ao terrorismo e segurança interna, fornecendo serviços de proteção para o monarca, o Governador Geral, Primeiro-Ministro, suas famílias e residências, outros ministros da Coroa, dignitários, missões diplomáticas e participação em várias campanhas internacionais de policiamento. No âmbito provincial e municipal, os contratos que as províncias possuem com a RCMP permite que os policiais montados possam fazer policiamento em todas as áreas fora de Ontário e Quebec que não possuem uma força policial estabelecida. Há destacamentos policiais localizados em pequenas aldeias no extreno norte do Canadá, reservas nacionais de proteção ambiental e cidades do interior, mas também grandes cidades como Surrey, a oeste do país, com aproximadamente 395 mil habitantes. Nessas províncias, a RCMP mantém unidades de investigação que dão suporte aos seus destacamentos próprios das forças policiais dos municípios, incluindo a investigação de crimes graves como homicídios, serviço de identificação forense, o serviço de cão policial, equipes de emergências, a eliminação de explosivos, entre outros. No âmbito do seu ramo de serviços como polícia nacional, a RCMP presta apoio a todas as forças policiais no Canadá através da operação de serviços de apoio, como o Centro de Informação da Polícia Canadense, o Serviço de Inteligência Criminal do Canadá, Serviço de Identificação e de Ciência forense, Programa de Armas de Fogo canadenses e o Colégio da Polícia Canadense.

O Serviço de Segurança da RCMP foi uma política de inteligência especializada no ramo de combate a crimes contra a segurança nacional, porém foi substituído pelo Serviço de Inteligência de Segurança Canadense em 1984, logo após da revelação ilegal sobre as operações secretas relativas ao movimento separatista da província de Quebec.6 O Serviço de Inteligência de Segurança do Canadá não pertence ao RCMP, mas advém dos antigos serviços secretos da organização.


Gastão Gal

O Texto é um tanto longo mas vale a pena tomarmos conhecimento. Alguns anos (longos anos) um capitão da RCMP trocávamos ideias, perdi este contato a muitos anos nem mesmo sei se ele já faleceu mas foi muito produtivo na época.













domingo, 31 de março de 2013

MAQUIAVEL NA ARTE DA GUERRA


Niccolo Maquiavel

Itália
1469 // 1527Filósofo/Escritor/Político



Regras Gerais da Arte da Guerra

Estou consciente de vos ter falado de muitas coisas que por vós mesmos haveis podido aprender e ponderar. Não obstante, fi-lo, como ainda hoje vos disse, para melhor vos poder mostrar, através delas, os aspectos formais desta matéria,e, ainda, para satisfazer aqueles - se fosse esse o caso - que não tivessem tido, como vós, a oportunidade de sobre elas tomar conhecimento. Parece-me que, agora, já só me resta falar-vos de algumas regras gerais, com as quais deveis estar perfeitamente identificados. São as seguintes: 

- Tudo o que é útil ao inimigo é prejudicial para ti, e, tudo o que te é útil prejudica o inimigo. 

- Aquele que, na guerra, for mais vigilante a observar as intenções do inimigo e mais empenho puser na preparação do seu exército, menos perigos correrá e mais poderá aspirar à vitória. 

- Nunca leves os teus soldados para o campo de batalha sem, previamente, estares seguro do seu ânimo e sem teres a certeza de que não têm medo e estão disciplinados e convictos de que vão vencer. 

- É preferível vencer o inimigo pela fome do que pelas armas. A vitória pelas armas depende muito mais da fortuna do que da virtude. 

- Nenhuma decisão é melhor do que aquela que permanece em segredo até ao momento da sua execução.
- Nada há de maior utilidade na guerra do que saber reconhecer uma oportunidade e não a deixar fugir. 

- A natureza produz poucos homens valentes; em contrapartida, a astúcia e o treino fornecem bastantes. 

- Na guerra, a disciplina vale bem mais do que a exaltação. 

- Quando do exército inimigo saem homens para vir para o teu serviço, se forem fiéis tratar-se-á sempre de uma boa aquisição, porque as forças do adversário enfraquecem muito mais com a perda dos que desertam do que com a dos que morrem, ainda que a designação de desertor seja suspeita para os novos amigos e odiosa para os antigos. 

- Na organização para uma batalha, é preferível constituir, atrás da primeira frente, uma reserva, que possa prestar auxílio, do que, para tornar a frente maior, dispersar as suas tropas. 

- Dificilmente é derrotado todo aquele que consegue avaliar correctamente as suas forças e as do inimigo.
 
- Vale mais a virtude dos soldados do que o seu número; algumas vezes, porém, o valor da posição ocupada supera a virtude dos combatentes. 

- As coisas inesperadas e repentinas perturbam os exércitos; as coisas habituais e graduais impressionam muito menos; por conseguinte, antes de travar batalha com um inimigo desconhecido, farás o teu exército habituar-se a ele através de pequenas escaramuças. 

- Perseguir desordenadamente um inimigo já derrotado é correr o risco de passar de vencedor a vencido.
- Aquele que não prepara devidamente os abastecimentos necessários à vida do exército é derrotado sem o recurso às armas. 

- Quem confia mais na cavalaria do que na infantaria, ou mais na infantaria do que na cavalaria, que saiba escolher o terreno em conformidade. 

- Quando, durante o dia, quiseres verificar se algum espião se introduziu no acampamento, faz com que cada soldado recolha ao seu alojamento. 

- Muda o plano de operações quando te aperceberes de que o inimigo foi capaz de o prever. 

- Antes de tomares uma decisão, aconselha-te com muitos; quando souberes o que vais fazer, partilha a decisão com poucos.

- Quando estão aquartelados, os soldados dominam-se com o temor e as punições; depois, quando se conduzem ao combate, com a esperança e as recompensas. 

- Os grandes capitães nunca vão para uma batalha senão quando a isso são constrangidos ou quando a oportunidade o impõe. 

- Esforça-te para que os teus inimigos não saibam como vais organizar o teu exército para o combate. Seja qual for essa organização, faz com que as primeiras linhas possam ser recolhidas pelas segundas e pelas terceiras. 

- Se não queres criar confusão, não atribuas a uma batalha, durante o combate, uma missão diferente daquela que inicialmente lhe estava atribuída. 

- Enquanto os incidentes imprevistos com dificuldade se remedeiam, os esperados com facilidade se resolvem. 

- Os homens, o ferro, o dinheiro e o pão constituem o nervo da guerra, mas, destes quatro, os dois primeiros são os mais necessários, porque os homens e o ferro, juntos, encontram o dinheiro e o pão, mas dinheiro e pão, somados, não encontram os homens e o ferro. 

- Um rico desarmado é o prémio do soldado pobre. 

- Acostumai os vossos soldados a desprezar o viver delicado e o vestir luxuoso.

Nicolo Maquiavel, in 'A Arte da Guerra'




COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A arte de policial tem muita semelhança com a arte da guerra, já que  os policiais estão envolvido numa guerra real urbana contra corruptores poderosos e bandidos portando armas de guerra e usando de meios artifícios que podem corromper e tirar a vida de policiais que os enfrentam no cumprimento do dever, além de sacrificar vidas, saúde e patrimônios de pessoas do povo, defendidos por estes policiais.

sábado, 22 de outubro de 2011

TABLET SERÁ A NOVA ARMA DA POLÍCIA NO RS


Aparelho poderá facilitar a consulta em tempo real no local do crime. Equipamento agilizará o registro de ocorrências - Álvaro Grohmann / Correio do Povo, 22/10/2011 19:00

O tablet é a mais nova arma almejada pela Polícia Civil e pela Brigada Militar para ser usada no dia a dia. Projetos neste sentido estão em estudo pelas duas corporações. O Departamento Estadual de Telecomunicações (Detel), da Polícia Civil, testa equipamento fornecido pela mesma operadora dos celulares usados pelos agentes. Responsável pelo órgão, o delegado Francisco Carlos de Oliveira Soares ainda não sabe se a aquisição dos aparelhos será feita por um adendo ao atual contrato com a operadora ou através de um processo de licitação. "Os testes foram positivos", diz.

O delegado entende que, em um primeiro momento, serão beneficiados todos os departamentos especializados, como Deic, Denarc, Deca, DPM e DPI. A ideia é de que cada Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) também tenha o equipamento. "No mínimo vamos começar com 43 aparelhos", projeta.

Entre as vantagens do tablet, o delegado destaca seu uso no local de um crime, onde podem ser realizadas consultas de nomes, placas de carros e armas nos bancos de dados do sistema de segurança pública, além de filmagens, fotografias e gravação de áudios. Ele ressalta a utilização do GPS, presente no equipamento, para localizar um endereço. "Será uma nova tecnologia à disposição", resume.

A Brigada Militar também planeja introduzir o tablet, que possibilita até economia de papel. O primeiro passo poderá ser dado pelo Comando Rodoviário da BM. O tenente Euclides Eduardo Cabral Brum, que comanda a Seção Técnica de Informática e Telecomunicações do CRBM, explica que o equipamento será instalado nas viaturas dos 40 postos espalhados pelas rodovias estaduais. Cada posto tem, em média, duas viaturas, o que exigirá a aquisição de pelo menos 80 aparelhos. Ele lembra que estas unidades precisarão estar interligadas on-line. "O papel da Procergs será fundamental", avalia.

Entre os benefícios do tablet, o oficial do CRBM cita a capacidade de armazenagem de dados em um equipamento leve e portátil, a consulta de informações em tempo real, a rapidez no preenchimento dos boletins de ocorrências e de multas, além da produção de fotos dos acidentes. Nos locais das ocorrências em que o sinal fica off-line, os policiais rodoviários descarregariam os dados ao retornarem aos seus postos. "Vamos adaptar o tablet às nossas necessidades", concluiu.

Aparelho já é usado em São Paulo

A experiência da Polícia Militar de São Paulo com os tablets será conhecida in loco até o final do ano pelo comando do CRBM. Em SP, um total de 11 mil viaturas da PM receberá o equipamento até janeiro de 2012, segundo a Secretaria de Segurança Pública da SP. Os aparelhos auxiliam a consulta nos bancos de dados, registros de ocorrências, anotações e relatórios, além de enviarem informações.

Afixado junto ao painel e ao vidro dianteiro do veículo, o tablet serve ainda como GPS e localisador automático da viatura, além de contar com câmera de vídeo para captação de imagens externas, inclusive em tempo real. O aparelho substitui neste caso, com mais eficácia, um notebook na viatura.

Leve e fino, o tablet é um computador no formato de uma prancheta eletrônica, sem teclado e cujos comandos são dados através da tela sensível ao toque. Além de se conectar com a Internet, ele serve também como telefone.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A ANAMNESE DA ORGANIZAÇÃO POLICIAL MILITAR


“A falta de recursos, a rotatividade e os conflitos internos não são causas, mas sim sintomas de declínio. Na análise final, o declínio organizacional é uma crise de indisposição, a indisposição de encarar claramente a realidade e agir de acordo com suas exigências.” Gustavo G. Boog

ESTUDO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO

Para a discussão da implementação das estratégias, táticas e operacionalidade, os Comandantes de OPM devem realizar o “Estudo de Situação do Comandante” , efetuando o levantamento dos problemas do município ou do local onde os serviços serão prestados e promovendo um debate referente os vários assuntos que compreendem a implantação do policiamento comunitário, desde os problemas de segurança pública que foram apresentados e as propostas de solução. Ë fundamental que o estudo e a avaliação sejam elaboradas de forma participativa pois esta prática incentiva a colaboração dos subordinados e uma menor possibilidade de erro na execução do planejamento.
Pode-se realizar as seguintes observações:

1.As condições atuais da organização faz frente aos elementos inquietadores da segurança?;

2. O perfil de pessoal atende os requisitos mínimos necessários para o desempenho da atividade?;

3. Os resultados do desempenho da atividade operacional atende a expectativa de satisfação da comunidade?;

4. As mudanças realizadas melhoraram o desempenho do OPM na atividade fim?;

5. Os Comandantes, dos integrantes da OPM e dos segmentos da comunidade estão comprometidos com o desenvolvimento da comunidade?;

6. Qual é a tendência dos indicadores de segurança pública de cada município?;

7. Qual é o nível de satisfação da comunidade para com o policiamento comunitário realizado?;

PESQUISA E ESTATÍSTICA OPERACIONAIS (ANAMNESE POLICIAL)

A realização de pesquisas é importante pois trata-se de uma ferramenta de apoio ao Comandantes de Frações e Chefes de Seções para a identificação dos problemas através da apresentação dos índices agregados aos indicadores estabelecidos para o controle . Assim, pode-se realizar um planejamento e estabelecer as metas dentro da realidade. Por exemplo, desenvolver um levantamento de dados para obter, através de uma análise, as seguintes informações:

INDICADORES

- Resultados das Informações recebidas pela Ouvidoria;
- Resultados dos Indicadores da melhoria;
- Resultados do tempo de resposta;
- Resultados da incidência de ocorrências em relação aos anos anteriores e OPM referenciais;
- Resultados das Operações de Desarmamento
- Resultados das Operações de Abordagem
- Resultados das prisões efetuadas , flagrantes lavrados, homologações efetivadas, tempo de permanência do preso no Estabelecimento prisional e quantidade de reincidências;
- Resultados da incidência de ocorrências em relação ao semestre anterior;
- Resultados dos problemas solucionados e não solucionados do Policiamento Comunitário;
- Resultados da Satisfação do público interno e externo
- Resultados do Clima Organizacional do OPM;

FERRAMENTA - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Planejamento Estrátegico - Prof Fabricio Medeiros.



Todos os gestores de polícia precisam conhecer plenamente e entender com sabedoria a arte do planejamento estratégico. As definições pertinentes, a realização do diagnóstico, a descoberta da visão ampla, o reconhecimento da missão, a identificação dos objetivos e o conhecimento do ambiente externo (ameaças e oportunidades) e do ambiente interno (pontos fracos e pontos fortes) é que colocam a organização pública, assim como a privada, mem condições de vencer seus desafios e sobreviver como Instituições forte, comprometida e respeitada.

Esta apresentação é muita boa para conhecer o que é o planejamento estratégico numa empresa e adequar à realidade da organização de segurança pública.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

POLICIAL HERÓI EVITA TRAGÉDIA MAIOR


Policial que evitou tragédia maior vira heroi no Rio. Sargento estava em operação de repressão ao transporte irregular quando viu crianças sujas de sangue e correu para a escola - Anderson Ramos e Raphael Gomide, iG Rio

O terceiro sargento da Polícia Militar do Rio Márcio Alexandre Alves, lotado no Batalhão de Policiamento Rodoviário, hoje se transformou em heroi. O militar, que trabalha na corporação há pelo menos 15 anos, contou ao iG que estava em uma operação policial para repressão ao transporte alternativo, as peruas e vans ilegais, quando avisou crianças sujas de sangue vindo em sua direção.

Segundo o policial, as crianças choravam muito e pediam socorro. Ele, então, correu para o colégio e, na porta, ouviu tiros. Sozinho, o sargento Márcio Alves entrou na escola e se deparou com o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, no corredor. Fardado, Alves efetuou disparos de pistola em direção ao tórax do artirador e pediu para ele largasse as armas.

“Acredito que o tiro tenha sido no abdômen (O governador Sérgio Cabral afirmou que o ferimento foi na perna). Ele caiu na escada, consegui impedir que chegasse ao terceiro andar (o prédio da escola tem quatro andares), e se suicidou com um tiro na cabeça. Ele veio com a arma apontada para mim, foi baleado, caiu na escada e cometeu suicídio”.

"Cumpri com o meu dever"! Diz Sargento que baleou atirador no Rio. Criança o agradeceu com beijos após a morte do atirador.


Ache outros vídeos como este em POLICIAIS E BOMBEIROS DO BRASIL - A MAIOR COMUNIDADE DO GENERO

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PERÍCIA - BANCO DE DNA, A FERRAMENTA INVESTIGATIVA


Investigações terão banco de DNA como novo aliado. Peritos gaúchos poderão cruzar as informações recolhidas em locais de crimes de outros Estados - FRANCISCO AMORIM, Zero Hora, 18/11/2010

Um banco de dados com informações genéticas promete ajudar a polícia a elucidar casos em que bandidos deixaram rastros de seu DNA na cena do crime. Desenvolvido para o FBI, a polícia federal norte-americana, o software que cruza códigos genéticos será usado no Rio Grande do Sul e em outros 15 Estados, além do Distrito Federal.

A partir desta semana, os códigos de DNA extraídos de amostras – como sangues, saliva e fios de cabelos – coletadas por peritos gaúchos em locais onde ocorreram crimes, no corpo de vítimas ou ainda cedidas voluntariamente por suspeitos serão inseridos em um banco de dados, chamado Programa Codis (Combined DNA Index System). Essas informações serão compartilhadas com outros Estados. O sistema começou a ser implantado, na prática, no início deste mês.

– Será possível ao perito saber se aquele perfil genético foi encontrado em alguma outra cena de crime. Isso é fundamental para se identificar criminosos – afirma Tríssia Albuquerque, administradora do banco gaúcho instalado no Instituto-geral de Perícias (IGP).

Além de ajudar na investigação de roubos e assassinatos, o Codis deve ser decisivo no combate aos crimes sexuais cometidos em série, que motivam 34% dos cerca de 90 exames de DNA feitos mensalmente pelo IGP. A bióloga ainda garante ao Codis uma outra utilidade: o software será usado na identificação de corpos de vítimas encontradas sem documentos.

Segundo ela, apenas os peritos poderão “enxergar’’ o histórico de cada amostra analisada, que será repassado às autoridades policiais na medida que estiverem relacionadas a casos investigados:

– O perito gaúcho poderá constatar ainda se o perfil genético da amostra analisada por ele foi encontrado em outro Estado. Mas ele terá de entrar em contato com as autoridades de lá para ter outros detalhes.

Delegado define sistema como “ferramenta do futuro”

A adoção desse cuidado se deve à preocupação de manter a independência e segurança de cada Estado na alimentação de seu banco de dados, dentro do Acordo de Cooperação Técnica para implementação da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). Dessa maneira, os peritos poderão encontrar registros em outros Estados, mas não poderão manipulá-los, reduzindo as chances de fraudes ou apropriações indevidas de informações.

Para o Bolívar Llantada, titular da Delegacia de Homicídios, o banco de dados será fundamental para casos como execuções relacionadas ao tráfico e outros em que há mais de um crime praticado por um mesmo criminoso.

– A partir dos vestígios genéticos coletados pelos peritos, se poderá saber se o agressor esteve em mais de uma cena de crime. É uma ferramenta do futuro – avaliou o policial.

A experiência norte-americana

O banco de dados genético do FBI começou como um projeto-piloto em 1990, em 14 laboratórios estaduais. No ano de 1994 foi criado o Sistema Nacional de DNA nos Estados Unidos. Atualmente, mais de 170 laboratórios estão interligados à rede no país. O banco de dados americano conta com mais de 8,9 milhões de perfis de criminosos (dados de setembro). Em setembro de 2010, o banco produziu informações para 123,9 mil inquéritos. Fora dos Estados Unidos, 25 países já utilizam o software Codis, entre eles, o Brasil. Fonte: Fonte: Federal Bureau of Investigation (FBI)


CSI brasileiro - Humberto Trezzi

Grande e decisivo passo dá a perícia forense ao criar o banco de DNA. É o começo da implantação de um CSI brasileiro, um padrão de investigação aos moldes apresentados nas séries norte-americanas. Excelente, por exemplo, para rastrear serial killers ou tarados sexuais.

Caso já existisse o banco de DNA, talvez um dos maiores criminosos da história gaúcha não tivesse conseguido fazer tantas vítimas. Ele é Adriano da Silva, que em meados da década, na região de Passo Fundo, abusou sexualmente de meninos e depois os matou. Adriano já recebeu oito condenações.

Adriano é paranaense e, no Rio Grande do Sul, não tinha antecedentes quando foi pego. Tanto que chegou a ser averiguado e acabou liberado. Só que era suspeito de crimes no Paraná.O banco de DNA compartilha dados de quase todo o Brasil, de tal forma que casos como o de Adriano sejam mais difíceis de acontecer.

Mesmo com esse novo sistema, ainda é cedo para dizer que o futuro chegou. Nem sequer os bancos de dados criminais de todos os Estados estão unificados – cada vez que um policial pretende checar um suspeito, se ele for forasteiro, exige muita paciência e pesquisas sem fim. Ainda não está disponível, no Brasil, algo que parece óbvio: com apenas um clique de mouse, a ficha completa do sujeito, tenha ele cometido crime aqui ou no Amapá. Ainda precisamos avançar muito.